terça-feira, 12 de abril de 2011

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Hoje tive um sonho louco, uma vontade para ser descrita em prosa. Morre a poesia diante dos meus olhos, para renascer breve e profunda. Entendo grandes desilusões, armadilhas, prisões. Passo a compreender o mundo pelas minhas experiências e tenho a certeza única de que Eu Sou. Nada mais importa do que a realização de mim mesmo como projeto de vida. A tônica dos dias deve ser contada a partir dos Meus Olhos. Nada de egocentrismo ou da piegas relação do egoísta com o mundo, não. Aprendi em um sopro, que eu preciso ser mais eu do que nunca, para poder revelar em poesia, prosa, dança ou qualquer outra arte os sentimentos que tenho. Passei anos medindo palavras, equacionando sentimentos, com a ideia fixa de que a opinião pública está presente em tudo. Não liguei o botão do f.d.sse, não. Liguei o botão do viva-se. Vivo eu agora uma atmosfera de respirar a mim mesmo, de acrescentar boas coisas, as minhas coisas naquilo que faço, de gritar ao mundo quem sou, sem a menor preocupação de ouvir o que tens para me dizer. Posso dizer o que quero sem meias palavras, posso viver o que sinto sem precisar pintar um quadro abstrato, sem criar neologismos ou significâncias, sem me importar com os de antes e com os cegos de preconceito, sem me preocupar com as críticas ou com as vertentes contrárias. Sou hoje EU, diferente de ontem, em que era um reflexo de vocês, e me desculpem mas as vezes vocês são menos do que muitos dos quais se vangloriam de ser superiores. Por vezes não entendo a relação, ou melhor, a eterna necessidade de julgamento. Nunca bloqueei meus comentários, posts, redes, por que sempre achei que poderia ser eu mesmo, mas já criei personagens para falar de mim, já medi palavras para me dizer, já engoli a seco o preço da igualdade, agora quero apenas provar o doce sabor da liberdade. Volto em poesia, assim que a marca do entendimento se amenizar, assim que o espanto da simples descoberta se solidificar na minha mente, por que nem sempre o que alma entende com a velocidade da luz, o raciocínio compreende com a velocidade dos homens.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Só sentindo.

Sinto cheiro de luz
e me apavora a proximade comigo mesmo
isolado sempre numa atmosfera ao próximo
me descubro sendo sincero
numa época em que aprendi a não ser.

Todas as oportunidades de viver
num mundo que não foi eu quem criei
todas as vontades de sentir
um personagem inspirado em mim.

Conto os dias para as piruetas
passo as manhãs fazendo caretas
as noites embalando os sonhos
quem sabe eu acorde querendo algo mais
quem sabe eu descubra a minha paz.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Amor

É algo que transforma a alma
enche o peito
agita e acalma
É um rito de passagem
do purgatório ao paraíso
É fome de vida
devoção e afeto
É dos gestos simples
fazer grandes conquistas
É da tua companhia
viver de alegria
É do teu sorriso
sorrir constantemente
É da tua boca
colher o beijo mais doce
Amor, é ter-te sem medida
é amar-te sem critérios,
é ter contigo um caso sério.
Amor, é o que sinto e
falo abertamente,
Digo a verdade, não minto.
Te amo cada vez
de um geito mais
louco e diferente.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O amor nos dias de hoje

O Poema abaixo escrevi em 97 para um trabalho de português da escola.... o trabalho tinha como tema o amor... e agente deveria versar sobre as mais variadas formas de amor.... nesse trabalho, eu fiz a capa de ponto-cruz ( já podem imaginar o que me rendeu na escola - 8ª série )... esse poema era o capítulo: "O amor nos dias de hoje"... e parece que ainda é bem atual..... hehhehe

Como é bonito de se ver
um casalzinho
hoje em dia se envolver.
Como é bonito de assitir
dois namorados
seu jeito natural de agir.
Como é comum de se ver
menina moça, nove meses depois,
o resultado aparecer.
O estranho não é isso,
é que eles
não assumem compromisso.
Como é fácil de encontrar
meninas querendo casar
e esquecendo de namorar.
Como é comum hoje em dia
num dia a tia, no outro a sobrinha,
uma semana depois...
Quem sabe a vizinha?
O interesante é que o amor,
nos dias de hoje,
ficou esquecido, um dia com uma, no outro com outra.
E embora mais liberado,
ainda existe muito tarado.
Tem até novela
que não mostra tudo
por causa do horário nobre.
Pobre, pobre amor,
virou joguinho de criança mimada,
é barbada,
não deu certo, acaba.

(André Hubler - Julho/97)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Só eu.

Às vezes eu fico assim
Não sei o que acontece em mim
Às vezes sei, as vezes... e pronto

Espero tua voz
Espero o teu cheiro
Meu coração em desespero

São sonhos metade lágrimas
Sonhos metade dia
Sonhos que não são noite
Quisera eu nunca ter essa agonia

Sozinho conto os segundos
Meus sonhos são pesadelos
Espero cada minuto
Ter-te o tempo inteiro

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Delírios do Cárcere.

Conhece-te e não te escuta.
Ama-te e não te protege.
Vives,
pelo intenso prazer de viver,
aproveitando o livre momento
de ser quem és...

Dá à tua vida
teus sonhos,
tuas pulsões.
Forja-te da maneira mais brusca,
mas no fim o efeito é precioso.
Das razões dos sonhos,
da magia da vida,
na cinemática dos seres.

E o ir e vir incansável,
na tentativa de não te envolveres,
acabas preso nas redes que tu mesmo teceu.
Ilude-te com teu próprio cantar,
és tua própria sereia.

Tua loucura passa despercebida,
e em tuas crises,
chamam isso de amor.

Teu céu, arcos azuis, tuas estrelas pequenos pontos de lembrança...
a espera de que um dia viva-se loucamente.
E nos delírios do cárcere,
encontre tua liberdade.